O Bolo de Aniversário

Era uma tarde de Outono e após algumas indecisões concluímos: vamos encomendar-lhe um bolo de aniversário p amanhã.
E e a a_mais_linda prontificámo-nos a ir fazr a encomenda. pelo caminho,descontraídas, falávamos de trivialidades, ríamos sem reflectir na importância do que se seguiria.
Distraídas, chegámos à pastelaria num ápice. Ali estávamos nós, em frente duma montra recheada com bolos de aspecto delicioso, por trás do qual 3 empregados aparentemente atarefados atendiam os clientes de acordo c o nº das senhas.
Entreolhámo-nos. Encomendar um bolo ñ é nada fácil... Precisávamos dum plano: 1º escolhemos um bolo e depois encomendamos e recomendamos que escrevam algo alusivo à aniversariante.
Percorremos a montra e em pco + de 5minutos decidimos qual o bolo a comprar.
A a_mais_linda tirou uma senha. O tempo era escasso, ñ podíamos perder tempo. Tinha chegado a hora mais temida: uma de nós teria de enfrentar os empregados e fazr o pedido. Decidimos: seria eu a sacrificada. Tínhamos o nº72 e no visor cintilava já o nº70. tínhamos de ser rápidas. Ensaiávamos o posterior diálogo qd tocou uma campainha e alguém do lado de lá do balcão alguém chamou pelo 71. "Eu sou o 70 e ainda ñ fui atendida", exclamou uma mulherzinha atarracada no seu casaco. Sim, afinal tínhamos + tempo. Aproveitámos p nos acalmar e repetir as frases combinadas.
72! Era a nossa vez. A a_mais_linda, timidamente, ergueu a senha mas pareciam ignorar-nos. Tb eu levantei a mão até q nos viram e um rapaz novo c 1 chapéu branco q pretendia impedir a queda de cabelos, ñ fosse o facto de só cobrir metade da cabeça, nos perguntou o q queríamos."Podemos encomendar 1 bolo p amanhã? E é possível escrever uma coisa nele?"
"Não se pode escrever nada."
Não?! Como ñ?! Qd tínhamos treinado, assumimos q a resposta seria positiva. A situação tinha fugido do nosso controlo. Olhámo-nos em busca duma solução mas ambas estávamo petrificadas. Ainda tínhamos esperança q o raapz do chapéu, habituado àquelas situações de tensão nos aconselhasse. Mas ele limitava-se a apressar-nos c o seu olhar, divertido c a nossa inexperiência e terror.
Finalmente fez-se luz! Encarei decididamente o empregado e disse, c 1 trémula voz q traíu a minha atitude determinada, que era melhor ele ir atender outros clientes. Nós íamos demorar. Rapidamente tivemos uma ideia (ou ñ fossemos nós das pessoas + maravilhosas do mundo): escreveríamos nós a mensagem no bolo.
Entrámso no supermercado p comprar o creme. Assustadas entrámos naquele emaranhado de preteleiras. P onde quer q nos virássemos víamos dezenas de produtos, de várias cores e feitios q pareciam prontos p saltar das prateleiras e atacar-nos. Os algarismos dos preços ameaçava-nos subtilmente... Felizmente somos corajosas e ñ nos assustamos c facilidade e conseguimos encontrar o q procurávamos. + confiantes saímos dali.
Agr, dps de tdo o q tinhamos passado sentíamo-nos mais capazes. Sem hesitar avançámos, a a_mais_linda tirou uma nova senha, agr mais habilmente (a experiência é tdo). Desta vez bastou treinarmos 14 vezs e eu estava preparada p enfrentar o empregado. Quando chegou o nosso nº, a a_mais_linda levantou imperativamente o braço exibindo orgulhosamente a senha. Era a nossa vez. Íamos conseguir! Desta vez uma mulher aproximou-se, esta claramente c formação, tinha aspecto de quem se sacrificava pelo bem-estar dos clientes e provava todos os bolos disponíveis p os aconselhar. Ñ hesitei: "Quero encomendar este bolo p amanha." Mesmo vendo-me tão decidida ainda foi capaz de articular uma daquelas perguntas difíceis que à partida ninguem conseguiria responder prontamente: "Querem velas?" Por segundos senti-me prestes a sucumbir e tentada a adiar mais uma vez esta árdua tarefa. Mas fui mais forte e respondi "Não!" Ela resignou-se e percebeu q nós éramos especiais e nada nos podia deter.
Fomos embora, c aquela boa sensação de missão cumprida. Sentíamo-nos capazes de enfrentar qq coisa.
Conseguímos: Parabéns p a a_mais_querida.
Os outros têm sempre mais medo q nós! A atitude é tudo! Vocês tb são capazes!