segunda-feira, julho 23, 2007

Vamos ao Museu?

Depois de muitas combinações, que por diversas razões não deram certo, depois de longas horas de conversações com mails pra frente e pra trás que não resolviam grande coisa, depois de muito esforço...lá conseguimos concretizar um dos primeiros planos que fizemos antes das férias começarem: a ida a Belém ao Museu Berardo!! yeah, finalmente, mas já se sabe, os nossos planos requerem sempre algum esforço de coordenação!

Depois da viagem de barco (comigo, a_mais_fixe, a_mais_witch e a Rita) encontramos a Lélé já no CCB e ouvimos ainda cá fora algumas impressões sobre a exposição: um senhor com ar muito entendido em arte (leia-se Freak) dizia que não, a exposição não o tinha convencido, então, logo aí formámos também nós a nossa impressão de entendidas "pois, a exposição também não nos convenceu!".

Entramos finalmente, 1ª sala "surrealismo". Observamos o ambiente e começamos a analisar cada obra de arte na sua singularidade: 1º uma olhadela, depois um passo atrás para apreender a obra como um todo, depois um passo à frente para um olhar mais cuidado a algum pormenor mais curioso, trocar ideias sobre o significado da obra e finalmente ler o título sempre muito elucidativo como se sabe! Conclusão, percebemos imenso de surrealismo!! Especialmente com poucas ou nenhumas horas de sono em cima (o mundo parece muito mais real, as cores estão mais vivas, etc!!)...os outros visitantes paravam maravilhados não só com a grandeza das obras mas especialmente com a nossa entendida descodificação do seu significado!

Depois algumas salas com fotografias, bem mais difíceis de interpretar (é claro que isso não nos impediu!), e Pop-art que não nos agradou muito...

Obras haviam que versavam sobre o frágil equilíbrio do nosso mundo; outras sobre o duro caminho que é a vida e como passamos de um esboço de nós próprios cheios de sonhos para um ser completamente formado, é certo que magoado pelas adversidades da vida, mas no fim muito mais colorido e interessante do que o esboço inicial; outras ainda sobre os conflitos internos entre o nosso sentimento de pertença, as nossas raízes e o nosso desejo de liberdade; ainda sobre as infinitas possibilidades que se abrem perante nós e a que raramente damos valor; e mais sobre a efemeridade da nossa passagem pelo mundo e sobre o anonimato e o consequente esquecimento que nos espera no fim...

Mas era muita coisa para ver só de uma vez, a arte pesa sobre nós e há um intenso desgaste psicológico, começa a haver um certo sentimento de claustrofobia e temos de encontrar rapidamente a saída, acabando por não dar ás últimas salas a atenção que mereciam!

Entre nós houve quem jurasse não mais lá pôr os pés (porque a colecção não as convenceu eheh), eu cá por mim não faço considerações sobre a qualidade (ou falta de) da colecção, contento-me em lá voltar (em doses mais pequenas de tempo, quem sabe uma sala por dia eheh) e continuar a interpretar e descodificar obras que aparentemente pouco dizem (e claro, maravilhar os outros visitantes com a minha sabedoria!).

No fim, para recuperar do desgaste emocional que tanta arte trouxe, tivemos de atacar os incontornáveis pastéis de Belém, esses sim uma verdadeira obra de arte!!!

sexta-feira, julho 20, 2007

Despachada até 2017

Pois é, mais uma dose contra o Tétano. Tem de ser… Só escrevo este post porque sei que há muita gente que ainda tem medo de levar vacinas…
Vou tranquilizar-vos.

Dói. Mas não dói muito, porque é mesmo rápido.
O principal é descontraírem para não terem de vos tentar espetar várias vezes porque têm o braço contraído como vos terá possivelmente acontecido quando eram mais novos.
Quando estiverem no consultório, não vejam a preparação da vacina, o líquido a sair do frasquinho, o tirar do ar da agulha, o ar maléfico da enfermeira que se transforma desde o momento em que vos atende à porta e se prepara para vos espetar.
Uma vez descontraídos e sentados na cadeira, não se inibam de pedir à enfermeira para esperar mais um bocadinho para vocês se prepararem quando ela avança impiedosa para o vosso braço, mesmo que ela e a amiga que foi com vocês comecem a rir-se.
Quando, enquanto vos aplica a vacina, a enfermeira disser coisas do género “Se ficar dorido é normal e põe gelo, percebeu?” não respondam. Mesmo que ela insista: “percebeu???”. É só para vos distrair, mas vocês não se deixam enganar! Sabem que têm de ficar calados, só concentrados em relaxar o braço!
Quando derem por isso já acabou. Ela diz, agora só daqui a 10 anos. Olham para o Boletim de Vacinas e 2017 parece muito distante. O déjà vu vem quando pensam “daqui a 10 anos já não vou ter medo”. Alívio. Missão cumprida. Agora se pisar um prego enferrujado já estou mais protegida!

A mim não me custou nada… mas sei que há quem ainda tenha medo… eu não, eu já sou uma mulherzinha!

terça-feira, julho 10, 2007

Jantar no Verde & Amarelo

Muito se falou deste jantar, estávamos todas entusiasmadas (a maior parte de nós), parecia estar tudo combinado (ou mais ou menos lol), parecia que ia tudo correr bem, mas não foi bem assim…
No próprio dia, ainda não sabíamos ao certo quantas pessoas iriam afinal ao jantar, porque houveram baixas (e não foram poucas), primeiro os meninos, Gomes, Guilherme e Manel decidiram que não poderiam ir uns porque já tinha outras coisas marcadas e outros porque não tinham carro. A_mais_querida, que era uma das mais entusiasmadas, devido a ter feito certos desafios com outros elementos das mais e, também por causa do karaoke, teve um contratempo e afinal teve que ir às pressas para Leiria (motivos de trabalho), mas nós claro que compreendemos.
Lá combinamos definitivamente as coisas e parecia que agora as coisas iriam correr melhor, mal sabia eu (a_mais_pateta) o que me esperava…
Há hora combinada, eu e a_mais_fofa chegamos à Costa e ficamos à espera da mais_linda, pouco tempo depois ela aparece e nós fomos andando para o já famoso Verde & Amarelo, como sempre chegamos um pouco cedo e ainda não estava lá ninguém, então decidimos ir até à praia.
Depois de ter chegado toda a gente, entramos e sentamo-nos, e agora vinha a parte difícil, escolher as pizzas, pois nem toda a gente gostava da mesma coisa mas tudo se resolveu.
Ao fim de algum tempo à espera das pizzas eis que as outras mais decidem começar a distribuir as minhas prendas (qu’eu estranhei logo serem tantos embrulhos mas enfim…), primeiro deram-me um papel que dizia que eu tinha que imitar uma foca (que lindo!), mal abri o embrulho tava lá uma bóia, a minha irritação e surpresa era tanta que até vieram lágrimas, fiquei assim irritada por uns momentos, mas como as irritações me passam logo …
Vieram as pizzas e era a loucura, toda a gente a tirar pizza, e a dizerem aquela é minha! Foi de loucos! Mais para a frente no jantar resolveram continuar com os papelinhos e com as pistas para eu receber as outras prendas, lá fui eu revistá-las sim porque os papéis estariam na roupa delas ou não…. Ao chegar ao fim da minha busca chego à conclusão que teria que pedir ao empregado de mesa que me entregasse a minha prenda, e eu lá me enchi de coragem e pedi, quando abri … descobri um balde para a praia (pensei não me faltava mais nada lol estava pronta para ir a banhos).
No final do jantar, e após a Rita ter pedido a ”continha”, nós fomos ter com uns amigos dela que estavam num bar ali perto, após algum tempo ali sentadas e de, a Rita, a_mais_fixe e a_mais_witch terem contado histórias antigas eis que eu recebo mais uma dica de onde estava a minha última prenda, e onde mais poderia estar que com um dos amigos da Rita, mais uma vez teria que ir ter com ele e pedir a minha prenda (mas não fui logo tive primeiro que ganhar coragem), desta vez a preda era um pijama muito giro e fofinho, que gostei muito, fiquei contente!
Bem apesar de tentos contratempos e do meu feitio acabei por me divertir e no final até achei piada à brincadeira (mas não muita).

P.S. Esqueci-me de mencionar que outra das prendas foi uma ventoinha de mão muito útil nos dias de grande calor!

sábado, julho 07, 2007

O mito da cadeira de gestão

O medo de ir para uma certa cadeira de gestão, mais do que os muitos trabalhos que há para fazer, é encontrar o temível mito… diz que há um aluno que há muito aparece, semestre após semestre, nas aulas de marketing, junta-se a um grupo e tenta acabar com ele. Depois, desaparece, e só o podem voltar a ver quando um novo semestre surge.
Parece mentira?!
Os grupos eram feitos pelo professor. Tive sorte de ficar com a_mais_linda e, julgávamos nós, com um aluna que já estava a fazer a cadeira pela segunda vez. Coitado, no semestre anterior tinha ficado com um grupo que trabalhava pouco e teve má nota pelo que nem foi ao exame. Sorte a nossa que ele já estava inteirado do que era preciso para o trabalho e como nos devíamos organizar.
Primeira tarefa. “Eu trato disso.” – disponibilizou-se logo. “Óptimo.” – pensámos nós.
No dia, diz ele: “Não trouxe o trabalho imprimido, mas fazemos no quadro!”
Que vergonha… foi azar!
Segunda tarefa. “Mandem-me a vossa parte, que eu faço a minha e levo imprimido”.
No dia ele não aparece na aula. Manda mensagem a dizer que depois fala com o professor. Que vergonha…
Terceira tarefa. Não temos de nos preocupar com os contactos, ele tem! Ou então, duas semanas antes de entregar o trabalho percebemos que afinal ele não tem nada, que não contactou ninguém e que vamos ter o dobro do trabalho em menos de metade do tempo.
A véspera do dia da apresentação, quase uma hora depois do combinado, aparece e diz que não podemos apresentar naquele dia. Porquê? “Estou doente…” Depois lembra-se e tosse. E despenteia-se. Sim, agora sim estava doente.
A apresentação é uma miséria.
Queixamo-nos dele.
As notas reflectem-no.
Nas duas épocas, está ao pé da porta do exame, mas estranhamente não entra. Diz que se esqueceu que tinha exame.
Depois disso nunca mais o vimos.

Por curiosidade espreitámos a pauta da primeira época da dita cadeira. Tinha uma nota inferior ao resto do seu grupo. Não tinha ido fazer o exame.
Será que vai parar algum dia?!